sexta-feira, 29 de abril de 2011

Que dor trouxeram meus sexagenários anos!

à cair pelas rugas de minha face

tantos cabelos brancos

Ah! ensandecida sou, são meros detalhes...

se isso não fosse, naõ teria talhada

a alma a ferro e fogo,e não saberia o gozo

de ver as netas crescerem e nascer de novo

na extensão de minhas eras, galantes primaveras...

Saura Izabete

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Logo pela manhã
senti-me deprimida

o espelho mostrou-me
a face envelhecida

remexi no baú
de minha mente
acabrunhada
e nos guardados
de outrora
ainda vi o céu
deliciosamente azul

"Eram outras estradas"...

Hoje são vielas
em que me embrenho
e os sonhos que tenho
são apenas desdenhos
apagados desenhos

No brilho dos olhos...

Saura Izabete

quarta-feira, 27 de abril de 2011

mastigo fantasias
degusto espera
deglutindo quimeras
no prato da solidão
no elo perdido
és pomo proibido
não posso tocar a mão...

Saura Izabete

terça-feira, 26 de abril de 2011

não conheço outro amor
a não ser esse,
que se deseja por perto
a presença do ser amado

e que se tenha por certo
no balançar da rede
no saciar da sede
o soprar do vento
a agua na garganta
a sua voz que canta
e a imagem que encanta...


Saura Izabete
Foi doce ilusão
vi a luz do amor
em seus olhos marrons
a volupia quente
no toque de suas mãos
debruçada na janela
de minhas fantasias
vi apenas o queria
e o que desejava
meu insano coração...

Saura Izabete

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tentei escrever um poema
um poema para vc
que tivesse a essencia
de almas santas
a sonoridade das chuvas
e o esplendor do sol
Que tivesse
belezas tantas,
gosto de uvas
e cores do arrebol

mas o pensamento caiu
despencou da memoria
apenas uma pergunta saiu:
-Onde está voce agora...?

Saura Izabete
Tanta coisa quisera dizer-te
Mas são tão indecifráveis
Que escapam líquidas e maleáveis
Pelos abertos canais
Lacrimejantes dos olhos meus...
São alegres e são doridas
São tudo de uma só vez
É chegada e partida
Do amor em minha vida
sorrisos de meus lábios
E rugas de minha tez...
Saura Izabete
Quero ser:

-O poder,
A glória
Da transmutação

A alma em elevação
Olhos em contemplação
Lábios em prece
E boca que emudece
O grito...!

Quero ser
A metamorfose das lagartas
Que da densa escuridão
Criam asas e viram borboletas...
Saura Izabete
Quase palpável com as mãos
A dor de tu’alma e coração

Ah! Como quisera
Tritura-la no almofariz
Do ágape amor

Incinera- la no crisol
Nos raios centrais do sol
E novamente, ver-te feliz

Saura Izabete
paixão desaforada
chegou assim num verso,
numa voz entrecortada,
no ocaso de um sol
choroso...,
num delírio de cores
e num suspiro profundo
e doloroso...!
Saura izabete
O vento namora e brinca com a cortina da sala !!!


Amena é a brisa que sopra
Sussurros de amor
Brinca e namora
Com a cortina da sala


Deito nessas asas leves
Meu pensamento absorto
E minha alma solta
Busca o teu rosto


No murmúrio de uma prece....

Saura Izabete
Meu poeta

Seus versos dormem
no meu travesseiro

beijo cada palavra
Como se beijasse
O mundo inteiro
E assim adormeço
Enquanto a paixão
Cochila, pendurada
Nos pés do meu colchão....

Saura Izabete
Música de câmara

Chacras vibram
Numa escala musical
Transcendendo as paredes
Do castelo carnal

Musica de câmara
No palácio imperial
Onde meu mendigo ser
Habita como rei

Saura Izabete
http://lh3.ggpht.com/_oEyY4iV6aaE/TA78QmQy5cI/AAAAAAAABMk/6WKCEfynjTg/s800/20090306dantripdo.png
bendita ou maldita seja
esta ternura que adeja
minha alma incauta
quando a menina
dos olhos meus
mergulham nos olhos teus...

Prenuncio de tempestade
de bonança ou de esperança
esta chama que no meu peito arde?

Saura Izabete
Da cor dos seus olhos marrons

Da cor dos seus olhos marrons
São as folhas que caem
Dançando n’asas da leve aragem


Da cor dos seus olhos marrons
É o cálice do girassol
Vestido do amarelo do sol

..
Da cor de seus olhos marrons
É o solo que germina a semente
Formando trigais dourados


Da cor dos seus olhos marrons
É a sede que minha boca sente
E o meu maior pecado


Da cor dos seus olhos marrons
São os favos escorrendo mel
Tropel dos meus sonhos

Perdidos ao léu...
Saura
amanheci vazia
as emoções ferveram
até secarem
no caldeirão da vida
Saura
O poema nasceu na praça
no vento que perpassa
a carcaça dos sonhos meus
nas finas pernas
do pardal saltitante
na lembrança terna
do meu amor distante

Saura Izabet
Tentei escrever um poema
um poema para vc
que tivesse a essencia
de almas santas
a sonoridade das chuvas
e o esplendor do sol
Que tivesse
belezas tantas,
gosto de uvas
e cores do arrebol

mas o pensamento caiu
despencou da memoria
apenas uma pergunta saiu:
-Onde está voce agora...?

Saura Izabete

terça-feira, 19 de abril de 2011

Oh! meu poeta,
mais que poeta, profeta
do amor substancial
Tuas palavras , lavram
aram e regam
com Cristalinas aguas
de divino manancial...
e a inóspita terra
do meu ser embrutecido
se aquieta prenhe
de amor...

Saura